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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Cultura “nas coxas”

Não vejo muito sentido em menosprezar o TCHU TCHA, o Tche Tche rê rê e qualquer lê lê lê, por pessoas que se acham cultas, que fazem o que consideram de bom gosto e não consquistaram nada com isso.

Se uma pessoa não consegue explorar o mercado nem com algo idiota, que dirá construir algo de bom gosto para ser apreciado.
É difícil de aceitar, mas se aquilo que fazemos e que consideramos bom não dá resultado, é óbvio que não é bom, está na cara.

Quem disse que fazer sucesso com algo que não agrega valor à sociedade é fácil? Nós fazemos várias coisas do gênero todos os dias e nem por isso ficamos famosos.

Estou usando a música apenas como exemplo. Mas isso é válido para qualquer outra área da nossa vida. Acredito que todo esforço agrega valor ao ser humano, seja numa rima engraçada ou em uma jornada diária na capina de um campo, o que importa é querer evoluir.

O que mais agrega valor: Se formar em uma faculdade renomada, passar em um concurso, viver a vida em uma repartição trabalhando pouco, ganhando bem, podendo comprar um carro legal e uma casa ou cantar “Ai se eu te pego” em Paris, Milão, Nova Iorque, beber vinho do Porto, conhecer as mais belas paisagens e culturas do mundo, ser pago MUITO BEM para isso, conhecer milhares de pessoas e ter dinheiro para possivelmente estudar o que quiser, comprar o que quiser, dar um futuro estável para toda sua família?

De que adianta o romantismo profissional e cultural, se isso não te trouxer aquilo que você sempre sonhou? Aquela casa em um lugar legal, um carro do ano, algumas viagens internacionais e uma estabilidade financeira.

Acredito que o problema da sociedade não é necessariamente a alienação das pessoas, pois quando conseguirem sucesso na carreira, vão “cagar e andar” para o resto, se sentirão até mais importante que os outros. O problema na verdade, é não ter o que o outro conseguiu, simples assim.

Que tal fazer algo bem idiota que faça sucesso em todo o país, conseguir aquela grana e depois sumir? Você é capaz? Aí depois, você banca a melhor preparação profissional que desejar ou quem sabe abrir aquela instituição de caridade que tanto sonhou? (¬¬

Particularmente, troquei o romantismo pelo objetivo. Percebi que tudo que preciso para me sentir bem, é uma família, saúde e dinheiro. E não dá para cuidar do primeiro e do segundo se já não tiver o terceiro item. Então, não importa como farei para o conseguir, se for dentro dos padrões legais, eu topo. Não só topo, como torço por uma inspiração tão fútil ao ponto de me tornar bem sucedido.

3 comentários:

Anônimo disse...

Concordo, nunca que gostos serão todos iguais, há quem se farte de caviar e há quem prefira um prato com feijão, arroz e ovo, e o sucesso de um produto depende do gosto de quem utiliza.

Aninha Mancini disse...

Tem mulheres apanhando do seu companheiro,
Homens de cabeças enfeitadas.
Homens que preferem homens.
Mulheres que preferem mulheres...isso tudo com consciência...E tantas coisas erradas, tantas coisas ruins...tantas crianças passando fome, mães jogando crianças no lixo...Não se cabe mais discutir gosto musical, é verdade...Mais não vale também qualquer sacrifício por dinheiro.

Diego disse...

Genius!