Chamaram de amor o presente caro
A aparência moldada e artificial da perfeição
E a suportação do nojo para manter o conforto
Já chamaram de amor a mentira que não foi descoberta
A privacidade indiscreta, a propaganda enganosa
O choro escondido e a solidão a dois.
Até de amor próprio, chamaram o egoísmo
Que abstém o direito de exigir o mínimo
E tira o valor de qualquer reivindicação
Chamaram de amor a poesia escrita com lágrimas
E o poeta vestido de sangue
Já chamaram a dor de amor.
Chamaram de amor toda falta de amor
Que justifica quem erra
Mas nunca cura quem de verdade ama.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
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