Uma das formas em que a palavra “Justiça” apresenta no sentido literal é de que a “Justiça” é “a virtude de dar a cada um aquilo que é seu”, seguido do significado de “O poder judiciário”, que representa o conjunto de magistrados e os demais envolvidos neste Poder. Concluindo o vínculo entre o “Poder” com o sentido literal.
Porém a contradição da Justiça com o seu significado é claramente notória, pois os termos envolvidos para a execução de uma possível justiça pela Justiça, interferem no resultado final de uma decisão a ser tomada. Resumidamente começando pelo Réu (tendo culpa ou não), As provas (sendo verdadeiras ou não), Promotores e Advogados de defesa (sendo bons ou ruins, corruptos ou honestos), seguido do Júri / Juiz (tomando a decisão certa ou errada, baseada no resultado dos primeiros fatores citados e/ou possivelmente somando alguma quantia de propina, ou não).
Levando em consideração que esses termos possuem a possibilidade de serem certos ou errados, será que a falsificação de um desses termos prove que a justiça não foi devidamente aplicada e a Justiça deixou de se vincular com o sentido literal da palavra?
De quem é a culpa? Do réu que possivelmente pode não ser réu? Ou se ele for de verdade o culpado (perante a ele mesmo) e mentir? Dos advogados que defenderam ou acusaram melhor ou pior o réu? Ou que possivelmente receberam uma quantia mais significativa que o outro para conseguir álibis e possíveis provas para acusá-lo ou defendê-lo? Ou do Júri / Juiz que tem a palavra final e pode condenar ou libertar quem não deve?
A Justiça afinal, é a virtude de dar a cada um aquilo que é de cada um ou é somente uma disputa por interesses, não importando o seu resultado, a não ser pelo que as pessoas ganham com ele ou como elas acham que ele deve ser?
Como criticar a Justiça, quando não sabemos qual o verdadeiro valor de cada fator empregado em uma decisão?
E a nossa justiça perante os demais? Somos todos os dias, réus, advogados e juizes, atrás de nossos interesses, enganados pelos nossos “achismos”, através de egoísmo e vaidade, cometendo erros que nos acorrentam ou que nos fazem bater o martelo.
A medida de justiça de qualquer ocasião se dá pelo tamanho do caráter e do conhecimento das circunstâncias reais dos personagens envolvidos. A lei em si é apenas o procedimento para se tomar qualquer decisão mediante a acusação ou situação exposta.
Quem julga e quem é julgado possui relativamente os mesmos interesses perante a sociedade e possivelmente já cometeram muitos erros coincidentes, mas o peso social das partes é um fator que culpa “um” entre os “dois” que possui o mesmo erro. Geralmente esse "um" também ganha a culpa que nunca possuiu.
A Justiça não é cega, somente usa vendas nos olhos. A Justiça na verdade, é responsável por provar para si mesma, que está sempre certa.
Um comentário:
Brow, queria te convidar "oficialmente" pra responder ao convite de um MEME feito no post http://imho.com.br/2007/10/31/manias-eu/
A idéia é listar 5 manias suas.
Boa criatividade
Postar um comentário