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terça-feira, 5 de abril de 2011

Inversão, aversão e discriminação de valores

O Brasil está passando por uma fase muito conturbada em relação a conceitos, leis e direitos dos cidadãos. Pessoas estão sendo favorecidas por interpretações das leis e outras desfavorecidas por não possuírem as mesmas opiniões.

Ontem eu era um cara, normal, trabalhava, estudava, tinha o melhor relacionamento possível com as pessoas e de repente, me tornei, ou melhor, me tornaram: homofóbico, racista, preconceituoso e machista.

O que eu quero explicar é que está havendo uma confusão enorme com o comportamento das pessoas em relação ao que elas querem que os outros pensem com o direito delas pensarem. Existe uma grande diferença entre não aceitar, não achar bonito e não ser conivente com ser preconceituoso. A reação que as pessoas têm com suas opiniões que pode ser preconceituosa, com as opiniões isoladas, não.

Eu não quero ser obrigado a chamar uma pessoa que se considera psicologicamente do sexo oposto ao que ela é, do que ela preferir, uma imposição minoritária fora dos padrões humanos não pode ser considerada como um novo padrão só porque elas desejam.

Eu não me importo com as manifestações homossexuais, com as passeatas contra o racismo, contra o machismo, violência contra a mulher, muito pelo contrário, eu acho importante quando o foco é diretamente ligado ao que as outras pessoas fazem de ERRADO contra essas classes, mas não concordo que os eventos sejam direcionados a mudança de gosto ou opinião das pessoas.

Se alguém passa na rua com o cabelo verde e fedorento ainda por cima, na minha frente, eu não vou me manifestar, mas a minha opinião é: acho cabelo verde horrível e não lavar a cabeça, um comportamento desagradável que acaba incomodando outras pessoas. Eu não vou externar a minha opinião a essa pessoa a não ser que ela me peça e também não vou tentar convencê-la de que está errada, pois ela não está, é uma escolha dela.

Existe uma grande diferença entre preconceito e conceito. Muitas pessoas não entendem essa diferença e um caos vem acontecendo no nosso país, onde inversões de valores estão acontecendo e a população tende suportar como normal, só por que alguém quer que isso aconteça.

O preconceito maior está em quem faz algo diferente do normal, pois SABE que não é normal e de acordo com históricos, já se preocupa (ou seja, é uma pré ocupação, um conceito antecipado antes de algo realmente acontecer) com o fato de saber que pessoas poderão não aceitar o seu comportamento, condição física, etc. E depois desse medo, considerar que a opinião das pessoas significa preconceito e não apenas uma opinião diferente, só pelo fato de se sentirem melindradas por si só.

Além de tudo isso, dá pra perceber que essas minorias estão se aproveitando de certas interpretações das leis para se favorecer contra outras pessoas.

Certa vez, um amigo estava com sua esposa indo buscar seu carro no estacionamento de um supermercado. Estavam andando tranquilamente até que então um carro vem de ré e atropela a sua esposa e ela fica no chão sentindo dor. Logo em seguida, sai do carro, um homem, com características femininas e uma dupla de mulheres, uma com característica bem masculina, bem forte, de bermuda, camiseta e cabelo curto e a outra não apresentava nada de estranho.

A mulher de bermuda já foi em direção ao meu amigo com uma grande autoridade, como se a esposa dele estivesse errada de estar na direção do pneu do carro que ela não olhou no retrovisor para manobrar.

A discussão começou e a mulher ameaçou de agredi-lo e ele respondeu que se ela o agredisse, ele revidaria para se defender. A mulher deu um sorrisinho sarcástico e disse que se ele batesse nela, ele iria para a cadeia, pois ela era mulher.

Que ridículo! Ela quer ter o direito de atropelar alguém, de agredir uma pessoa, de se vestir de homem e todo mundo achar isso normal, ter uma mulher, se portar como homem, falar como homem e a lei a amparar como mulher? Isso eu acho injusto.

Da mesma forma que um homem que se considera psicologicamente uma mulher ou se mutila para obter um corpo mais parecido com o de uma mulher, luta pelo direito de entrar no banheiro feminino, de ser amparado pela lei Maria da Penha… Que confusão! No final das contas se isso for aceito, só haverá “mulheres” no mundo, quer dizer, pelo menos nas filas dos banheiros.

Mudando um pouco de foco, mas ainda citando exemplos, um amigo meu me contou que seu irmão, teve uma discussão com sua esposa, por um assunto pessoal deles e a esposa não satisfeita com o conteúdo da conversa, avançou em cima dele e começou a agredi-lo, ele então, acabou revidando na mulher, conclusão: a mulher o denunciou, ele foi preso, ela se arrependeu, pois o motivo da acusação dela na realidade não foi pela agressão dele, mas sim, pelo fato da conversa não ter sido satisfatória para ela, e também foi ela quem começou a agressão. Agora, ela retirou a queixa, mas mesmo assim está sendo um sufoco tirar o marido da cadeia.

Outra questão a ser mencionada é a seguinte: ter orgulho por aquilo que promove a diferença entre as pessoas gera mais preconceitos. As pessoas ao invés de terem orgulho de serem humanos, de serem honestos, educados, gentis, esforçados e inteligentes, na realidade, têm orgulho gay, orgulho negro, orgulho feminino etc. Isso só gera mais discordâncias e diferenças entre as pessoas.

É muito complicado não querer sofrer discriminação quando se faz discriminação, pois o ato de discriminar significa “distinguir”, “fazer uma distinção”. A partir do momento em que as pessoas se julgam diferentes, elas estão discriminando e isso acaba gerando discriminação mútua da outra parte.

O que não é mencionado é esquecido, as pessoas não tendem a criticar aquilo que não está em evidência. Viva com as suas diferenças e escolhas e as guarde para si e seja feliz com isso, não faça com que seu medo de ser atacado, ataque antes, muito menos tente convencer os CONCEITOS das pessoas, caminhe normalmente e só leve em questão o que realmente for relevante, lute pelos bens comuns e não por suas vaidades.

Se uma pessoa se considerar psicologicamente negro, fizer uma operação para retirar uns dedos, se declarar pobre, mesmo não sendo (já que ela tem o direito de expor ser o que não é), você acredita que ela tem o direito de receber benefícios de cotas, benefícios de vagas de deficientes nas empresas, se aposentar como deficiente físico e ainda por cima receber os benefícios sociais?

Será que vão achar normal, alguém andar na rua com uma camisa estampada: 100% BRANCO, ou uma passeata heterossexual reivindicando os padrões da sociedade, ou criar uma banda chamada ARIANITUDE JR, será que isso vai ser considerado preconceito, já que o mesmo é feito ao contrário?

Mesmo que as pessoas não façam nada disso e não considere isso uma perda de tempo, EU não quero perder o MEU direito de expressar o que sinto… O que sou.

2 comentários:

dry disse...

amo td isso vc e 10

Edna Moraes disse...

Certíssimo, me lembrou uma emissora de tv não muito difundida,que vai as ruas e faz a seguinte pergunta:-Onde você guarda o seu preconceito? e na maioria das vezes as pessoas não sabem responder, por não pararem e se situarem no que realmente acham, ou por terem vergonha de se expor. E no final eles falam:- Não guarde, jogue fora!!!!mas ao levantar bandeiras as pessoas tem que ter a ciencia que é só a exposição do que acham e não uma imposição.....como já diz no funk: cada um no seu quadrado...beijos